sábado, fevereiro 14, 2004

Como é bom informar... que bom é ser informado... e... que bom é saber que informamos...

Como para a maioria, ou mesmo para todos os jornalistas da imprensa escrita, escrever é a minha grande paixão; descobri que queria ser jornalista aos 18 anos; até lá quis "ser" de tudo um pouco: economista, advogado, historiador, professor (profissão que ainda anseio vir a desempenhar na área da comunicação), e, finalmente, jornalista; foi esta profissão que decidi abraçar, começando a lutar por ela aos 21 anos, altura em que ingressei na universidade.
Na área da comunicação, a rádio foi a minha primeira paixão, até que... descobri o jornalismo escrito, o qual nunca mais abandonei até à data (oportunidade que, nos dias de hoje, nos podemos orgulhar, visto que é cada vez mais difícil de conquistar e, porque não afirmá-lo, de desempenhar – mas isso são contas de outro rosário!).
Desde o dia em que escrevi a minha primeira "peça" (ainda sem estar inserido no mercado de trabalho) que me senti fascinado pela oportunidade de poder estar a informar, nem que fosse apenas um leitor; ao ingressar no jornalismo, fazendo dele a minha profissão, naturalmente os leitores aumentaram e a satisfação de escrever foi aumentando; e se no início existia algum vaidosismo por ser um dos comunicadores deste País, esse sentimento foi desaparecendo com o tempo, o que julgo acontecer com todos os jovens jornalistas; acabamos por encarar uma qualquer "peça" jornalística com naturalidade,... uma é igual à outra, e assim sucessivamente, sempre na procura de poder informar o melhor possível... inconscientemente, ou conscientemente (ainda não sei), para atingir a "tal" máxima de todos os comunicadores: a objectividade – se ela é possível de atingir!
Voltando ao início da minha profissão, e passando aquela fase em que nos sentimos especiais por poder informar, esse sentimento apenas prevaleceu no que se refere às pessoas que nos são mais próximas. As que nos ajudaram, de alguma forma, a conquistar os nossos objectivos; refiro-me aos pais, avós, primos, tias, tios,... enfim, a todos os demais familiares e amigos. Pelo menos, no meu caso, foi assim; e, também no meu caso, tenho um leitor especial: o meu Avô! Desde o primeiro minuto que não perde uma notícia minha; desde logo fez questão de ser assinante do primeiro jornal em que trabalhei; é o assinante número 31, o que diz bem da sua vontade em querer estar informado; é certo, motivado por o neto participar nessa "roda viva" de notícias. Os seus, na época, 80 anos, não o impediram de ler com atenção tudo, ou quase tudo, o que vinha publicado; primeiro semanalmente, por se tratar de um semanário, e, presentemente, diariamente, por se tratar de um diário a minha nova segunda casa; e continua a fazê-lo, apesar dos seus 85 anos; se tenho algum leitor assíduo, posso afirmá-lo que, ele, é o meu avô; talvez seja o único, mas isso dá-me vontade de continuar a escrever, de continuar a informar...
Com isto, hoje tornei o meu avô em notícia, nem que seja para um único leitor desta página; neste momento, ele não é apenas mais um dos leitores "ocultos" das minhas notícias; é, ele próprio, um interveniente na notícia... apenas porque já cá não está para as ler; Espero que continue atento a todas as minhas notícias e que esta seja uma delas, porque... é dedicada a ele. Até sempre...

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